Solidão.

É  mar de ondas fortes por onde  consigo caminhar em equilíbrio.
É doce desejo de se reinventar.
É saudade daquilo que ainda não se foi.

Por onde andas melodia minha?
Por que preferes voar se sabes que não te alcanço?
Meia vida sobre teus encantos.
Estás tão longe da minha doçura.
Por que não me procuras?
Porque não vês aquilo que vai além de nosso entendimento?
É tão difícil assim alçar vôo sem vento?
Por que não sopras ao meus ouvidos tua dor?
Não vês que longe de ti meu amor se evapora?
Quanto calor há em teus braços.
Por dias e dias tenho saudade desses teus abraços.

Mas  até as ondas do mar quebram.
Quem dirá as nossas asas.
Voe mais.
Preciso ter certeza de que estás cada vez mais longe.

Boa dose de solidão …
Meu canto e um violão…
É tudo que preciso pra compor tuas rimas, mesmo que nunca saibas quanta doçura encalquei nelas.

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Calma.

Sempre vai haver quem cante estórias sobre as minhas histórias…
E quem garante a elas mesmas que seus contados são bem cantados?

De um imenso apreço por um novo rumo ao imenso riso sob o que ficou pra trás.
Querer dizer o que não se quer que seja entendido é mais complicado, percebe-se ao longe os meus dizeres silenciosos.

Que tal três notas e uma melodia simples?
Ou melhor,que tal uma nova letra sobre as velhas melodias?
Que é isso que me acalma enquanto mais duvidas se achegam?
Que olhos são esses que fazem meus olhos terem rumo nenhum?
E que sorriso me acalma como uma canção de ninar além desse teu?
Mas pra quem digo todas essas coisas,se elas mesmas me assustam?
É algo novo. Nunca havia experimentado antes um doce a distância.

Tenho medo desses dizeres que convertem pensamentos em sonhos,tenho medo desses sonhos que tiram o sono,tenho medo de ousar experimentar- te tal doce,mesmo que  talvez sejas o mais saboroso.
Acaso não pertence a minha nova ordem?
Que ideia louca essa de querer-te sem saber o teu sabor.
Canta pra mim sobre o teu encanto,que eu toco pra ti sobre o meu amor.
Vens agora ou vens depois?
Chegue antes que eu queira ir embora.

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Dor.

Como uma corda cheia de nós enrolada em si próprio.
Sobrevive aos sussurros constantes de quem está angustiado.
Golpes que cortam o coração violentamente.
Açoites que adormecem a alma em tempos de cólera.
O ar revigorante faz arder a ferida aberta.
Pensamentos desordenados pela falta de luz.
Pesar imenso pela morte fictícia.
O mundo é uma teia de histórias mal contadas.

Silencio súbito em um ritmo hipnótico.
Música solidificada.
Paraíso.

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♥ Há flores em mim!

Atenta para cada erro que se encaixava perfeitamente nas linhas tortas da poesia que agora lhe tomava de conta.
E não é que todas as suas lágrimas limparam o coração das mazelas acometidas pelo medo de novamente regressar?

Depois de tantos pontos,cansou…
Moça flor.
A flor da moça resolveu entregar-se em vírgulas.

“Mas sem metades por favor(Se vier,que venha tudo de uma vez só, e se quiser vir pela metade,simplesmente não venha).”

Eram seus nós que se desatavam.
Formando-se em lindos laços…
Sorria desesperadamente por não se sabe o quê.
Sabia que aquele era seu lugar,
desde o princípio.
Foi e voltou várias vezes,
e não perdia a mania de teimar e acabar desistindo de si própria no meio dos entrelaçados da rotina;

Seu medo maior de meios e metades vinham dali,não por ser egoísta,mas por ter a nítida certeza que metade nenhuma preencheria seu vazio adocicado.

Com as mãos trêmulas por senti-lo entrar em seu corpo,
apreciava a dor,delicadamente.
Novas sensações absurdas que um novo vírus lhe trazia,
sem cura alguma,seu tratamento eram doses diárias do mais difícil sentimento a ser cultivado.

Desejava provar de todos os sabores que ousou não experimentar;
era tarde,agora nem tudo lhe cabia ao paladar.

O amor tomava conta de seu coração,
mas desta vez,
suspirava como nunca havia feito;

Ouvia calmamente a sua própria acústica.
Floresciam novamente as rosas de seu pequeno jardim de encantos.
Beijava devotamente cada nota que lhe escrevia.
Eram seus sons irradiando a beleza da conexão existente.

Nada lhe sugava o perfume suave das flores crescendo,
haviam delas em todos os lugares do seu corpo,
do falar ao silêncio,
tudo agora resumia-se em flor.

Sentia assim uma energia incontrolável de divagar-se em papel.
Sua natureza lhe parecia tão bela que outrora fez nascer rosas de espinhos.
Alucinações?
Quem sabe?
O amor tem lá dessas coisas,” a gente nunca entende as loucuras advindas de quem embebedou-se de amar”.

Uma,duas,três doses ou mais,quem sabe? Qualquer gota de amor é suficiente para fazer pulsar mais forte um coração  comum.
Qualquer dose diária embebeda de prazer as mais rígidas pétalas.

Estava mais apaixonada do que antes.
Estará a mercê de uma recordação qualquer as vezes,
e as vezes também terá saudades.
É normal.

“Afinal;” o tempo não regressa,
teimosos somos nós que em muitas,
pensamos que tudo pode resolver”,de certo não pode,o tempo é um silencioso barulho incontestável de sentimentos que ninguém ousou desvendar,seria matar a si próprio impedir a sua progressão.Voltemos.”

Mas nada,em nenhum momento de sua vida lhe amou tanto,
e nem nunca ousou deixar de amar,
ou evitar esse amor que lhe mantinha acesa quando todo o resto parecia-se apagar.

Nenhum outro amor lhe trouxe tantos sorrisos,por isso talvez,
teria coragem de  largar “tudo” para seguir a linha que a mantinha perto daquele sentimento,
daquele som,
daquela sinfonia de silêncios que a mantinha vezes despedaçada,
mas que a mantinha,
apesar de tudo,cada vez mais amante.

Era sua.Sabia-lhe “o amor”,de fato,ela nunca lhe fugiu,nunca ocultou,nunca desejou não vivê-lo.

E agora o faz cada vez mais forte,suas raízes uma vez fracas,agora completamente fortificadas embebedam-a de alegria todas as vezes em que sente-o por perto,
e mesmo por lembrar do  palpitar mais forte de seu coração,sorri,desesperadamente,
tem em si a loucura de quem come manga rosa pela primeira vez,
o mais gostoso sabor da vida.Ama.

Um novo amor feito do velho.
Uma reciclagem?Talvez.
Nada lhe fazia sentido.
Amava por que tinha de amar,sem razão alguma,pra quê ter alguma razão concreta para amar,se o próprio amor não se fortifica de razões?

Não digo que amava sem razões,haviam razões,desconhecidas,ou melhor,amava com as razões que lhe faltavam.
Mas amava.

E amar para ela é algo novo,
jamais sentiu tamanho sentimento,
era maior que seu próprio ser,
desta  vez não podia controlar,
e por não estar sob o controle,
aventurava-se numa nova era de si própria.

Cada vez mais apaixonada por todos os sinônimos da palavra amar.
Amava pela primeira vez como se fosse a última.
E era.
A última vez que desistiria de amar pra sempre.

Há flores em si.
Flores “com cheiro de tempestade” completamente perceptíveis,
tinham em si o desejo de querer cada vez mais.

Flores que acalentavam emoções,
capazes de absorver ternura e derramá-la sobre as mãos de quem a tocasse.

Agora irá florescer pra sempre.
Cuidou do seu terreno cautelosamente,
Limpou suas vias áreas da solicitude,entregou-se as cores de uma primavera fora de época.
E ama,romanticamente cada pedaço seu que lhe tomaram de presente.
Ama incontrolavelmente a algo,ou a alguém.

Há flores em si.